sábado, 25 de janeiro de 2025

Cabeça de Rola parabeniza Laranjão


Endereço curto: fishuk.cc/trumputin2025

Antes de começar a abordar a ordem do dia na reunião com os membros permanentes do Conselho de Segurança da Rússia, em 20 de janeiro de 2025, o ditador fez uma breve digressão pra parabenizar Trump pela posse, já que ele tem medo de levar uma bomba na cabeça a qualquer momento, se não atender aos caprichos do golfista amador. Putin se aproveita da burrice e da ignorância em geopolítica crônicas nos EUA, mas particularmente agudas entre os republicanos MAGA e a fachosfera global em geral, chamada por Macron de “Internacional Reacionária”, fazendo passar a impressão de alguma legitimidade de suas “reivindicações” na região.

Nada parecido com os primeiros parabéns em 2016, solenemente dados num grande salão do Kremlin: o chefe de guerra de Taubaté tem tanto medo desse retorno que reservou apenas um aparte no meio de um momento de trabalho, devidamente bunkerizado. Como sempre, ele edulcora o apocalipse imperial-expansionista e genocida que ele próprio criou (será que está realmente ciente das consequências, dentro da própria bolha?), insistindo em falar de simples “crise ucraniana” e “operação militar especial”... Segue o trecho separado do vídeo e minha tradução da parte correspondente da transcrição, tudo disponível no portal do Kremlin:


Quanto aos eventos nos EUA, Donald Trump está sendo empossado hoje como o 47.º presidente em Washington. É óbvio que, em todos os aspectos, o período pré-eleitoral não foi fácil pra Trump: ele e até mesmo seus familiares estiveram constantemente sob forte pressão, o que levou até mesmo a atentados contra sua vida. Mas ele demonstrou coragem e obteve uma vitória incontestável nas eleições.

E vemos as declarações do presidente recém-eleito dos EUA e dos membros de sua equipe sobre o desejo de restabelecer contatos diretos com a Rússia, interrompidos a nosso despeito pela administração que sai. Também ouvimos suas declarações sobre a necessidade de fazer tudo pra evitar uma 3.ª Guerra Mundial. É claro que saudamos tal atitude e parabenizamos o presidente eleito dos EUA por sua posse.

Ressalto que nunca nos recusamos a dialogar e sempre estivemos prontos pra manter relações equilibradas e cooperativas com qualquer administração americana; já falei várias vezes sobre isso. Partimos do princípio de que o diálogo vai se construir em bases equitativas e respeitosas, tendo em conta o papel significativo que nossos países desempenham numa série de questões cruciais na agenda global, incluindo o fortalecimento da estabilidade e segurança estratégicas.

Também estamos abertos a dialogar com a nova administração dos EUA sobre o conflito ucraniano. O mais importante aqui é eliminar as raízes da crise, sobre as quais já falamos muitas vezes, é o principal. Quanto à resolução da situação em si, gostaria de ressaltar mais uma vez: seu objetivo não deve ser uma trégua curta ou uma espécie de respiro pras forças se reagruparem e pra nos rearmarmos e continuarmos posteriormente o conflito, mas uma paz a longo prazo baseada no respeito aos interesses legítimos de todas as pessoas e povos que vivem nesta região. Mas nós, é claro, vamos lutar pelos interesses da Rússia e de seu povo. Este, de fato, é o objetivo e sentido por que conduzimos a operação militar especial.



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