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Primeiro-ministro de Israel, Binyamin (ou Benjamin) Netanyahu comentou no dia 18 de janeiro de 2025 o acordo de cessar-fogo com o Hamas visando à libertação de 33 reféns detidos em Gaza e de 737 prisioneiros palestinos durante os próximos 42 dias. Começando do domingo seguinte, dia 19, três moças já saíram do cativeiro e 95 presos foram libertados, mas não se sabe ao certo quantos desses 33 reféns podem já estar mortos (ou seja, vão ser devolvidos apenas os corpos). O ministro de extrema-direita Itamar Ben-Gvir, hostil a qualquer acordo, anunciou a saída de seu partido da coalização de governo, que agora se mantém com um número mínimo de deputados suficientes no Parlamento.
O discurso à nação, denominado “A libertação dos reféns é uma missão sagrada”, foi transmitido em hebraico no canal oficial do governo, mas em seu site existe também uma tradução em russo do mesmo discurso, a partir da qual fiz a versão em português que estou lançando aqui.
Caros cidadãos de Israel,
Em 7 de outubro, nossos inimigos cometeram o mais terrível assassinato em massa do povo judeu desde o Holocausto. Mas dessa terrível tragédia emergiu a força do espírito de nosso povo, bem como o heroísmo de nossos soldados.
Essa força nos move com a determinação de atingir todos os objetivos de guerra que estabelecemos: resgatar todos os nossos reféns, destruir as capacidades militares e governativas do Hamas e garantir que Gaza não represente mais uma ameaça a nosso Estado.
Nesta guerra pelo reavivamento, mostramos a nossos inimigos – e ao mundo todo – que quando o povo de Israel está unido, não há força que possa nos destruir.
Tenho orgulho de ser o primeiro-ministro de nosso maravilhoso povo. Tenho orgulho de liderar nosso país em tempos como esses.
O gabinete e o governo aprovaram o plano para o retorno de nossos reféns. Este é o objetivo da guerra, ao qual não renunciaremos até alcançá-lo.
Essa missão sagrada de libertar reféns me acompanhou por toda a minha vida: desde meus dias como soldado no Tsahal até meus anos como primeiro-ministro.
Junto com vocês, cidadãos de Israel, e com muitas pessoas ao redor do mundo, minha esposa Sara e eu esperamos, rezamos e atuamos pelo retorno de todos os nossos reféns. Penso neles o tempo todo.
Minha esposa Sara se dedica de corpo e alma ao cuidado das famílias e dos reféns libertados, trabalhando para eles em Israel e no exterior.
Sei que essa preocupação é compartilhada por todas as famílias de Israel. Prometo a vocês: alcançaremos todos os objetivos de guerra. Traremos todos para casa.
Até o momento, resgatamos 157 reféns, 117 dos quais estão vivos. Pelo acordo agora aprovado, traremos para casa mais 33 dos nossos irmãos e irmãs, a maioria deles vivos.
Este acordo é o resultado, antes de tudo, do heroísmo dos nossos soldados em batalha, bem como de nossa firme posição na defesa dos interesses vitais de Israel.
O acordo foi possível graças à cooperação de Israel com a administração do presidente Biden, que está saindo, e a nova administração do presidente Trump.
Assim que foi eleito, o presidente Trump se juntou à missão de libertação dos reféns. Na quarta-feira à noite, ele me ligou, me parabenizou pelo acordo e enfatizou que sua primeira etapa constituía em um cessar-fogo temporário. Foi o que ele disse: “cessar-fogo temporário”.
Para as etapas subsequentes do acordo, mantivemos ativos significativos para resgatar todos os nossos reféns e atingir todos os objetivos da guerra.
Tanto o presidente Trump quanto o presidente Biden apoiaram totalmente o direito de Israel de retomar as hostilidades se o país concluir que as negociações da segunda fase se revelarem infrutíferas. Realmente valorizo isso.
Também valorizo a decisão do Presidente Trump de suspender todas as restrições restantes ao fornecimento de armas e munições vitais para Israel.
Se precisarmos retornar aos combates, faremos isso de novas maneiras e com mais força.
Durante as negociações, defini vários princípios:
O primeiro princípio é manter a capacidade de retomar as hostilidades, se necessário. Durante longos meses, o Hamas vem exigindo que acabemos com a guerra antecipadamente como condição para libertar os reféns. Recusei categoricamente essas condições e minha posição foi aceita.
O segundo princípio é aumentar consideravelmente o número de reféns que estamos resgatando na primeira etapa. Nossa persistência valeu a pena.
O terceiro princípio é manter o controle sobre o Corredor Filadélfia e a zona de segurança. Israel terá controle total sobre esses territórios para impedir o fornecimento de armas ou a remoção de reféns.
Também atacamos inimigos em sete frentes e alcançamos sucessos históricos.
Cidadãos de Israel, a guerra pelo reavivamento exige que tomemos decisões difíceis, mas é aí que entra a verdadeira liderança. Apesar da dor, protegemos nosso povo e garantimos o futuro do nosso país.
Nós venceremos porque o espírito que move nosso povo é indestrutível.
Com a ajuda de Deus, derrotaremos nossos inimigos e garantiremos nosso futuro.
“Há um reavivamento, e há esperança para o futuro.”
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