Esta notícia sem assinatura foi publicada hoje pelo site do Congresso Mundial Ucraniano e tem como título “A Rússia está planejando uma campanha antissemita, diz ex-rabino-chefe de Moscou”. É bastante verossímil, pois uma organização que ajudava judeus russos a emigrarem pra Israel quase foi fechada no ano passado, acusada como “agente estrangeiro”, e Sergei Lavrov, ministro do Exterior da ditadura, repetiu várias vezes falácias antijudaicas relacionadas a Zelensky, a Hitler e à 2.ª Guerra Mundial. (Não por acaso, vários grupos ou indivíduos que apoiam Putin no Brasil, seguindo a linha de seu guru Aleksandr Dugin, também são aberta ou veladamente antissemitas...)
Eu mesmo traduzi do inglês e adicionei algumas notas explicativas. Vale a pena refletir!
A Rússia está preparando uma campanha antissemita contra a comunidade judaica na Rússia. Assim afirmou [link em inglês] o ex-rabino-chefe de Moscou, Pinchas Goldschmidt, depois de a Federação Russa reconhecê-lo como “agente estrangeiro” [ou inoagént, na terminologia local].
“A Rússia mudou para pior. Esta é a primeira vez desde o início da guerra [refere-se à invasão à Ucrânia em larga escala de 2022] que um líder religioso é declarado agente estrangeiro e definido pelo governo russo como uma ameaça hostil. É muito provável que isso signifique o início de uma nova campanha antissemita contra a comunidade judaica na Rússia”, explicou Goldschmidt.
Pinchas Goldschmidt foi o rabino-chefe de Moscou por 33 anos. Logo após o início da invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, o líder da comunidade judaica deixou a Rússia para sinalizar sua recusa a apoiar a guerra.
Em dezembro do ano passado, o rabino pediu [link em ucraniano] que os judeus russos deixassem a Federação Russa. “Quando olhamos para a história da Rússia, sempre que o sistema político esteve em perigo, o governo tentou canalizar a raiva e o descontentamento das massas contra a comunidade judaica”, disse Goldschmidt.
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