domingo, 28 de fevereiro de 2016

Gianni Morandi – Parla più piano


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Minha primeira legendagem em italiano, que espero ser a primeira de muitas, é da música Parla più piano (Fale mais baixo), interpretada pelo cantor italiano Gianni Morandi. Originalmente a canção se chama Speak Softly, Love, o tema do filme O poderoso chefão (1972) com melodia de Nino Rota e letra de Larry Kusik, gravada primeiro por Andy Williams. O filme foi dirigido por Francis Ford Coppola e produzido por ele e Mario Puzo, estrelando Marlon Brando e Al Pacino numa história sobre máfia italiana em Nova York.

A canção ficou famosa e foi traduzida para várias línguas, e a versão italiana, de Gianni Boncompagni, é uma das mais conhecidas, interpretada por cantores do mundo inteiro, especialmente líricos. Semana passada uma versão em ucraniano também apareceu no blog, cantada por Sofia Rotaru num musical soviético de 1975.

Eu baixei desta página o vídeo italiano sem legendas, e já havia achado nesta página uma montagem legendada com a versão em estúdio, mas o texto tinha muitos erros de acentuação. Tirei a letra em italiano desta página brasileira, onde também havia uma tradução que cotejei, junto com o texto com erros, para fazer minha própria versão, com linguagem mais moderna e oral. Após o vídeo legendado abaixo estão a letra em italiano e a tradução em português:



Parla più piano e nessuno sentirà
Il nostro amore lo viviamo io e te
Nessuno sa la verità
Nemmeno il cielo che ci guarda da lassù

Insieme a te io resterò
Amore mio, sempre così

Parla più piano e vieni più vicino a me
Voglio sentire gli occhi miei dentro di te
Nessuno sa la verità
È un grande amore e mai più grande esisterà

Insieme a te io resterò
Amore mio, sempre così

Parla più piano e vieni più vicino a me
Voglio sentire gli occhi miei dentro di te
Nessuno sa la verità
È un grande amore e mai più grande esisterà!

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Fale mais baixo e ninguém vai ouvir
Vivamos só eu e você o nosso amor
Ninguém sabe a verdade
Nem mesmo o céu que nos olha lá de cima

Vou ficar junto de você
Meu amor, sempre assim

Fale mais baixo e chegue mais perto de mim
Quero sentir meus olhos dentro de você
Ninguém sabe a verdade
É um grande amor, e nunca vai existir maior

Vou ficar junto de você
Meu amor, sempre assim

Fale mais baixo e chegue mais perto de mim
Quero sentir meus olhos dentro de você
Ninguém sabe a verdade
É um grande amor, e nunca vai existir maior!



domingo, 21 de fevereiro de 2016

Скажи, що любиш (Diga que me ama)


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Canção em ucraniano “Скажи, що любиш” (Skazhy, shcho liubysh), Diga que me ama, interpretada por Sofia Rotaru no filme musical ucraíno-soviético “Пісня завжди з нами” (A canção sempre conosco), dirigido e escrito por Viktor Storozhenko, distribuído pelo Estúdio Ucraniano de Telefilmes e lançado a 1.º de janeiro de 1975.

Originalmente a canção se chama Speak Softly, Love, composta para o filme O poderoso chefão (The Godfather, 1972) com melodia de Nino Rota (1911-1979) e letra de Larry Kusik. Foi gravada primeiro por Andy Williams em abril de 1972 e sua versão instrumental é conhecida como The Godfather Love Theme. O filme foi dirigido por Francis Ford Coppola e produzido por ele e Mario Puzo, estrelando Marlon Brando e Al Pacino numa história sobre máfia italiana em Nova York.

A canção ficou famosa e foi traduzida para várias línguas, sendo conhecida a versão italiana Parla più piano, na voz de Gianni Morandi. No musical, a letra em ucraniano foi escrita por Semen Kocherha, e Sofia Rotaru canta com a banda vocal-instrumental Smerichka canções em ucraniano, moldavo e russo tendo ao fundo as montanhas dos Cárpatos no oeste da Ucrânia. É uma espécie de autobiografia da artista, que tem raízes moldavas e hoje se autodefine ucraniana.

Sofia Mikhailivna Rotaru nasceu em 7 de agosto de 1947, e apelidada de “Rouxinol da Bukovyna” (região onde se gravou o musical) estourou em 1966 como estrela de pop folk, estando até hoje na ativa entre vários estilos e culturas, sobretudo a ucraniana, moldava e russa. O Partido Comunista perseguiu sua família por ter celebrado o Natal e Rotaru foi várias vezes censurada ou proibida de viajar, o que não a impediu de ganhar fama, condecorações e prêmios na própria URSS e nos países que a sucederam.

Eu traduzi a letra e legendei o vídeo tirado desta página no canal “кир стомп”, onde há muitas canções pop russas de várias décadas. A letra em ucraniano pode ser lida aqui. O vídeo legendado está abaixo, e em seguida estão a letra em ucraniano e a tradução em português:



Чому бентежно на душі так в тишині?
Чом не поглянеш в очі ніжно ти мені?
О, не мовчи, о, лиш скажи,
Скажи, що любиш, я прошу тебе, скажи.

Невже мої палкі вуста
Не будять кров, як та весна?

Невже ти знов згадав минулий серця жар?
Коли навік позбавишся її ти чар?
Забудь її, забудь навік –
В моєму серці ти знайдеш єдиний лік.

Невже мої палкі вуста
Не будять кров, як та весна?

Поглянь на мене і нарешті зрозумій,
Що ти – вершина всіх надій моїх і мрій.
О, не мовчи, о, лиш скажи,
Скажи, що любиш, я прошу тебе, скажи.

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Por que você está tão quieto e confuso
E não quer me olhar meigo nos olhos?
Oh, não se cale, oh, apenas diga,
Diga que me ama, lhe peço, diga.

Por acaso meus lábios ardentes
Não ficarão carmim como a primavera?

Você relembrou o último ardor do coração?
Quando enfim vai se livrar dos encantos dela?
Esqueça ela, esqueça de vez,
Só no meu coração você vai ter remédio.

Por acaso meus lábios ardentes
Não ficarão carmim como a primavera?

Olhe pra mim e entenda de uma vez
Que você cumpre meus sonhos e esperanças.
Oh, não se cale, oh, apenas diga,
Diga que me ama, lhe peço, diga.




domingo, 14 de fevereiro de 2016

A despedida da eslava (versão 3)


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Finalmente legendei a Slavianka da Guerra Pátria que me pediam há anos. Este é o terceiro e último vídeo da série de versões da bela e popular canção russa “Прощание славянки” (Proschanie slavianki), A despedida da eslava ou O adeus da mulher eslava. Esta deve ser a versão mais conhecida, que fala da Segunda Guerra Mundial, mas a letra foi escrita, na verdade, em 1965 por Arkadi Iakovlevich Fedotov, ex-operário multifunção ainda vivo que também fazia música e poesia.

Resumo algumas informações já expostas na primeira postagem. Ela se refere à Primeira Guerra Balcânica (1912-13) do Império Otomano contra Bulgária, Grécia, Montenegro e Sérvia, a favor dos quais lutaram voluntários russos animados por marcha de autoria de Vasili Ivanovich Agapkin (1884-1964), que pensava num combate da cristandade ortodoxa às agressões islâmicas. As várias letras existentes se tornaram patrimônio russo e soviético, jamais censurado na URSS. Postei também uma segunda versão da canção.

Fedotov nasceu em Kyiv em 1930, e ao mesmo tempo em que trabalhava em fábricas como torneiro, motorista e outras funções, compunha melodias e escrevia versos. Ele ouviu a marcha Proschanie slavianki pela primeira vez aos 11 anos, na parada de 7 de novembro de 1941, e finalmente escreveu sua letra em 1965, remetendo à 2.ª Guerra Mundial. A publicação se deu em 1967 e a gravação em disco, com grande tiragem, em 1974, e a partir daí a canção correu o mundo. Denis Sedykh escreveu um raro artigo em russo sobre Fedotov, pois nem na Wikipédia russa há informações.

A apresentação no vídeo é de 2013, pelo Conjunto Aleksandrov do Exército Russo, também conhecido como Coral do Exército Vermelho, fundado em 1928 pelo compositor, maestro e pedagogo Aleksandr Aleksandrov (que compôs a melodia do hino da URSS e agora da Rússia). Além do coral e orquestra, ele tem também uma equipe de dançarinos. O vídeo sem legendas é do canal de Aleksandr Lifanov, onde há ainda mais vídeos do coral. A mesma letra tem alguns versos diferentes conforme a fonte, e por isso, além do vídeo legendado, indico no rodapé, junto com as letras em russo e português, os versos não cantados no áudio:



Этот марш не смолкал на перронах,
Когда враг заслонял горизонт.
С ним отцов наших в дымных вагонах
Поезда увозили на фронт.

Он Москву отстоял в сорок первом, (*)
В сорок пятом шагал на Берлин.
Он с солдатом прошёл до Победы (**)
По дорогам нелёгких годин.

(*) Он в семнадцатом брал с нами Зимний,
(**) Поднималась с ним в бой вся Россия


И если в поход
Страна позовёт
За край наш родной
Мы все пойдём на смертный бой!

И если в поход
Страна позовёт
За край наш родной
Мы все пойдём на смертный бой!
В священный бой!!!

Шумят в полях хлеба.
Шагает Отчизна моя
К высотам счастья,
Сквозь все ненастья —
Дорогой мира и труда.
К высотам счастья,
Сквозь все ненастья —
Дорогой мира и труда.

И если в поход
Страна позовёт
За край наш родной
Мы все пойдём на смертный бой!
В священный бой!!!

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Esta marcha não se calou nas plataformas
Enquanto o inimigo cobria o horizonte.
Com ela os trens levaram ao front
Nossos pais em vagões fumacentos.

Ela defendeu Moscou em 41 (*)
Em 45 ela marchou para Berlim.
Ela correu com o soldado até a Vitória (**)
Pelas trilhas de anos difíceis.

(*) Em 17 tomamos com ela o Palácio de Inverno,
(**) Com ela toda a Rússia se levantou à luta


E se para a marcha
O país nos chamar
Por nosso torrão natal
Todos nós iremos à luta de morte!

E se para a marcha
O país nos chamar
Por nosso torrão natal
Todos nós iremos à luta de morte!
À luta sagrada!

O trigo farfalha nos campos.
Minha Pátria vai marchando
Rumo às alturas venturosas,
Por entre todas as intempéries,
Pelo caminho da paz e trabalho.
Rumo às alturas venturosas,
Por entre todas as intempéries,
Pelo caminho da paz e trabalho.

E se para a marcha
O país nos chamar
Por nosso torrão natal
Todos nós iremos à luta de morte!
À luta sagrada!




domingo, 7 de fevereiro de 2016

A despedida da eslava (versão 2)


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Eis a segunda versão da bela e popular canção russa “Прощание славянки” (Proschanie slavianki), A despedida da eslava ou O adeus da mulher eslava. O áudio saiu do famoso site SovMusic.ru, infindo acervo de músicas, discursos e cartazes da era soviética, e se refere a uma versão composta em 1984 por Vladimir Iakovlevich Lazarev, poeta, prosador, jornalista e historiador ainda vivo.

Relembro algumas informações da canção, expostas por completo na primeira postagem. Ela se refere à Primeira Guerra Balcânica (1912-13) do Império Otomano contra Bulgária, Grécia, Montenegro e Sérvia, a favor dos quais lutaram voluntários russos animados por marcha de autoria de Vasili Ivanovich Agapkin (1884-1964), que pensava num combate da cristandade ortodoxa às agressões islâmicas. As várias letras que a melodia recebeu se tornaram patrimônio russo e soviético, e jamais foram censuradas pelos comunistas.

A autoria de Lazarev para a letra menciona-se na Wikipédia em russo, que a atribui à ocasião da inauguração da placa memorial no prédio do colégio musical de Tambov (atual TGMPI), onde Agapkin se formou em 1913. Porém, a mesma letra tem alguns versos diferentes conforme a fonte, e por isso, além do vídeo legendado, vou indicar no rodapé, junto com as letras em russo e português, os versos não cantados no áudio:



Наступает минута прощания,
Ты глядишь мне тревожно в глаза,
И промолвишь мне вслед до свидания, (*)
А вдали уже дышит гроза.

(*) И ловлю я родное дыхание,


Дрогнул воздух туманный и синий,
И тревога коснулась висков,
И зовёт нас на подвиг Россия,
Веет ветром от шага полков.

Прощай, отчий край,
Ты нас вспоминай,
Прощай, милый взгляд,
Прости-прощай, прости-прощай...

Летят, летят года,
Уходят во мглу поезда,
А в них — солдаты.
И в небе тёмном
Горит солдатская звезда.
А в них — солдаты.
И в небе тёмном
Горит солдатская звезда.

Лес да степь, да в степи полустанки.
Свет вечерней и новой зари —
Всё пройдёт, но “Прощанье славянки”, (*)
Ты гори в моём сердце, гори! (*)

(*) Не забудь же прощанье Славянки,/Сокровенно в душе повтори!


Нет, не будет душа безучастна —
Справедливости светят огни...
За любовь, за славянское братство (*)
Отдавали мы жизни свои.

(*) За любовь, за великое братство


Прощай, отчий край,
Ты нас вспоминай,
Прощай, милый взгляд,
Не все из нас придут назад.

Летят, летят года,
А песня — ты с нами всегда:
Тебя мы помним,
А в небе тёмном
Горит солдатская звезда.
Тебя мы помним,
А в небе тёмном
Горит солдатская звезда.

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Em nosso minuto de adeus
Você me olha aflita nos olhos
E depois vai me dizer tchau, (*)
Com o perigo já soprando ao longe.

(*) E eu recebo um alento carinhoso,


O céu nebuloso e azul tremeu,
O perigo tocou nas têmporas
E a Rússia nos exige façanhas
Chegando o passo dos regimentos.

Adeus, torrão paterno,
Sempre pense em nós,
Adeus, olhar encantador,
Adeus, adeus, adeus...

Voam, voam os anos,
Os trens partem nas trevas,
Neles há soldados.
E no céu escuro
Brilha a estrela do soldado.
Neles há soldados.
E no céu escuro
Brilha a estrela do soldado.

Mata e estepe, apeadeiros na estepe.
O sol se põe e depois renasce:
Tudo passa, mas “O Adeus da Eslava” (*)
Queime no meu coração, queime! (*)

(*) Nunca esqueça o adeus da Eslava,/Reitere no fundo de sua alma!


Não, a alma não será indiferente:
Os fogos da justiça brilham...
Pelo amor e a irmandade eslava (*)
Entregamos nossas vidas.

(*) Pelo amor e a grande irmandade


Adeus, torrão paterno,
Sempre pense em nós,
Adeus, olhar encantador,
Nem todos entre nós voltaremos.

Voam, voam os anos,
E a canção sempre está conosco:
Guardamos na memória,
E no céu escuro
Brilha a estrela do soldado.
Guardamos na memória,
E no céu escuro
Brilha a estrela do soldado.