domingo, 29 de dezembro de 2024

“Moj otok” e “Corsi ci steremmu”


Endereço curto: fishuk.cc/vukov-arcusgi


Hoje tomei uma iniciativa diferente! Como em meus arquivos havia uma canção de Vice Vukov e outra do grupo corso L’Arcusgi pra traduzir, e eu não tinha outras canções nem de um, nem de outro tipo pra fazer uma nova coleção, decidi publicar as duas juntas pra variar sua diversão linguístico-musical, rs. Não tenho no momento a intenção de ampliar minha coleção de canções nacionalistas corsas que traduzi uns anos atrás, pois tenho vários outros planos de traduções, mas não há nada que me impeça um dia de a retomar. Quanto à faixa de Vukov, Moj otok (Minha ilha), eu tinha demorado pra achar uma boa versão da letra, e agora que achei, me apressei em traduzir e lançar!

A canção corsa se chama Corsi ci steremu (Vamos permanecer corsos), foi composta por Louis Franceschi, um dos integrantes da banda L’Arcusgi (se lê “larcúji”), e gravada no álbum Sò elli de 1993. Este vídeo traz a legenda na língua original e em francês, cuja tradução foi copiada deste portal. Mesmo esta, porém, tem algumas imprecisões que corrigi notando sentidos óbvios ou usando o Wikcionário e até o Google Tradutor (que agora também tem corso) à guisa de dicionário. Como se pode notar, as falas entre aspas representam o colonizador francês lhes tirando o moral. O último álbum de L’Arcusgi foi lançado justamente este ano, com o título 40 anni: Eterna lotta (40 anos: Luta eterna).

Nesta página do Facebook achei uma transcrição mais fiel de Moj otok, canção composta por Zvonko Špišić, enquanto a deste blog tem vários erros e imprecisões. Confesso que esta, sim, traduzi pelo Google, mas fiz várias conferências usando o Wikcionário, rs. Não vou novamente apresentar a vida e a obra de Vice Vukov, que podem ser lidas na última edição das traduções de suas músicas, nem de L’Arcusgi, disponível em meu link acima.


Tenho minha própria ilha
E uma casa perto de um grande pinheiro
Longe do mundo
No meio do mar

Tenho minha nascente e ribeiro
E alecrim, cipreste e floresta
E uma velha agave em flor
Numa estrada empoeirada

Tenho minha própria ilha
E uma brilhante lagoa tranquila
Como uma concha mágica
De prata e areia

Sobre minha ilha se aglomeram
E se reúnem enxames de estrelas
Sobre elas os pássaros perdidos
Fazem seus ninhos

Minha ilha é uma baía
E um porto pra barcos cansados
Onde o viajante que desejar
Encontra um abrigo e uma lareira

Minha ilha é um lagarto
Que cochila solitário sob o Sol
Minha ilha azul está te esperando
Mas você não está, não está aqui

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Ja imam svoj otok
I kuću kraj velikog bora
Daleko od svijeta,
Na sredini mora

Ja imam svoj izvor i potok,
I ružmarin, čempres i šumu
I staru agavu u cvatu
Na prašnjavu putu

Ja imam svoj otok
I tihu lagunu što ljeska
Ko čarobna školjka
Od srebra i pijeska

Nad mojim se otokom jate
I skupljaju rojevi zvijezda
Na njemu zalutale ptice
Savijaju gnijezda

Moj otok je zaton
I luka za umorne lađe
Gdje namjerni putnik
I zaklon i ognjište nađe

Moj otok je gušter
Što na suncu usamljen drijema
Moj plavi otok te čeka
Al’ tebe nema i nema.


1. Venham, meus queridos e queridas
Convidamos vocês a cantar
Porque parece que hoje
Não sabemos mais fazer isso
Parece que nossas canções
Só falam sobre matar
Querem nos dar lições:
“Quem sabe das coisas não vive aqui...”

Refrão:
Vamos permanecer corsos
Com nossas tradições
E vamos sempre atacar
A colonização

2. Venham, meus queridos e queridas
Chamamos vocês pra festejar
Porque parece que hoje
Não sabemos mais fazer isso
Gente bem-intencionada
Quer nos fazer passar
Por um bando de alienados:
“Não vamos deixar que eles ajam...”

(Refrão)

3. Venham, meus queridos e queridas
Precisamos confraternizar
Porque parece que hoje
Não sabemos mais fazer isso
Os saqueadores e enganadores
[Lit. “Os corvos e as raposas”]
Gritam aqui e acolá
Mas nós, corsos, somos pela paz:
“A que preço, meu camarada...”

(Refrão)

Vamos permanecer corsos
Com nossas tradições
E juntos vamos construir
A Nação Corsa

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1. Aiò cari, aiò care,
V’invitemu a cantà
Per via chì oghje pare
Ùn sapemu più la fà
Pare ch’è nostre canzone
Parlanu chè di tumbà
Ci volenu dà lezzione:
“Sò furdane què si sà...”

Ripigliu:
Corsi ci steremu
Cù e nostre tradizione
E sempre impetteremu
A culunisazione

2. Aiò cari, aiò care
Vi chjamemu a festighjà
Per via chì oghje pare
Ùn sapemu più la fà
I sapiente intenziunati
Ci volenu fà passà
Per un pugnu d’alienati:
“Ùn li lascieremu fà...”

(Ripigliu)

3. Aiò cari, aiò care,
Ci tocc’a fraternizà
Per via chì oghje pare
Ùn sapemu più la fà
E curnachje e vulpacce
Stridanu quind’è quallà
Simu Corsi per’a pace:
“A chì prezz’o sgiò cumpà...”

(Ripigliu)

Corsi ci steremu
Cù e nostre tradizione
E insème feremu
A Corsica Nazione



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