Entre as várias montagens feitas por IA com a treta de Zelensky com Trump no Saguão Ovíparo, esta parece muito engraçada, de tão infantil, e brinca com a afirmação do Tio Patinhas de que “a Ucrânia não tinha cartas”, figurando a suposta falta de elementos pra sair em vantagem numa hipotética negociação com Putler. Adivinha o que começou a aparecer aos montes: cartas de baralho, rs!
Mas a situação no front, a que mais interessa na prática, está muito mais complicada do que parece, e segui-la é tão estonteante quanto acompanhar cada mudança de tom e linguagem da Bely Dom. Se os ucranianos podem deixar a região russa de Kursk a qualquer momento – por falta de recursos, e não porque “estão cercados”, como quer fazer crer certa propaganda –, a ofensiva invasora praticamente estagnou há semanas. Mesmo na região ucraniana de Donetsk (“DNR” é o ânus da tua genitora!), os porcos estão escorregando e sendo detidos pela defesa patriótica, e sequer a miúda Pokrovsk pôde ser completamente tomada, e nem vai ser, ao que tudo indica. Portanto, com esse virtual “congelamento” (a não ser que um milagre permita a Kyiv retomar territórios), pode-se falar na verdade de uma “guerra de atrição”, sem resultado pra ninguém.
É curioso como o Kremlin quer apresentar a retomada de Kursk, especialmente da cidade de Sudzha, como uma “grande vitória” na parada de Nove de Maio. Na verdade, era uma manobra que ele sequer devia ter permitido, demorou mais de seis meses pra retomar a iniciativa e só agora o Cabeça de Rola resolveu “zelenskizar” e visitar a região totalmente fardado. Antes, em manobras militares, ele aparecia só com um jaquetão camuflado por cima do traje social, mas agora parece que até ele resolveu “dispensar o terno”. Pra piorar, não só o ditador jamais tinha ido visitar os civis afetados, como os próprios propagandistas da TV estatal zombavam da cara deles, dizendo que tinham que “resistir em armas” e que “reclamavam demais”! Pra quem sequer foi visitar o Crocus City Hall depois do atentado (do qual chegaram a acusar até a “junta de Quiévi”), é um passo e tanto, e certamente um indício de fragilidade...

Mas hoje, quem tem a autoridade pra falar em cartas são dois intelectuais muito especiais que quero trazer aqui, embora eu não tenha tido tempo de transcrever nem traduzir o conteúdo. (Se alguém se voluntariar, fique à vontade pra me escrever!) Primeiro, o professor e pesquisador britânico Tarás Kúzio, politólogo de ascendência ucraniana, explicou na edição de 13 de março de 2025 do programa International Edition, da Voice of America, que Putin nunca quis a paz, porque sequer reconhece a existência da Ucrânia enquanto Estado independente e os ucranianos, como um povo diferente dos russos. E segundo, o jornalista e diretor Antoine Vitkine falou na edição de 12 de março do programa francês C dans l’air de sua investigação (Operação Trump: os espiões russos à conquista da América) sobre as relações de um Donald à beira da falência na década de 1980 com a máfia soviética, parte da qual gangrenaria a futura política russa.
“Vovô, deixa eu tirar um pentelho de sacóvski uma casquinha de feijão da sua boca?”
Quinta-feira passada a Palmirinha (com toques de Velha Surda/Boris Casoy, claro!) ressuscitou na TV francesa como “Palmirinho”, o tiozão do churrasco, rs:

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