Pra entender a referência do título, favor escutar esta música que foi hit tocado até nos domingos do SBT no início da década de 1990, rs. Mas o assunto principal é: na edição de quarta-feira do programa The World with Yalda Hakim, da TV britânica Sky News, uma equipe conseguiu entrar na casa principal da família al-Asad em Damasco com o acompanhamento e consentimento dos terroristas militantes do HTS, grupo islamista armado que tomou o poder na Síria. Não tinha o tamanho e opulência de muitos dos outros palácios espalhados pelo país, mas o que foi encontrado lá, e até “levado como lembrança” pelo repórter (me lembra até o William Waack com os documentos da Comintern em Moscou por volta de 1991-92...), chamou muito a atenção.
Havia várias fotos de Bashar al-Asad e sua família, reveladas e impressas, espalhadas pelo chão durante a primeira onda de saques. Tem o patriarca Hafez, a esposa Asmaa (que na época do casório nem era uma piranha tão “bela”, como depois acharia Caio Blinder), primos, filhos, ele mesmo durante o serviço militar e... momentos mais prosaicos, como um refrescante banho de piscina, cujas imagens você pode ver em meus prints abaixo! Em meio a muitas caixas de perfumes, produtos de luxo e outras coisas que custariam milhares de euros no Velho Continente, os zoólogos acidentais do HTS descobriram uma nova espécie de girafa subaquática, vestida de sunguinha (ou cueca?) cinza e junto a outras pernas familiares ao fundo! Bem churrasco de domingo mesmo, só faltou o caixote estéreo tocando um CD de Teodoro & Sampaio... Pelo menos o shape dele dá de dez a zero naquela pançona do Saddam Hussein.
A pobreza, a falta de serviços básicos e a violência a que a familícia al-Asad submeteu o povo sírio por mais de 50 anos contrastam com essa imagem “classe média” que de alguma forma eles queriam fazer passar (pelo menos nos anos 2000). A Jararaca também foi avidamente perseguida apenas por causa de um humilde sítio em Atibaia e seus pedalinhos com o nome dos netos e um triplex chinfrim no Guarujá. Portanto, mesmo nos recônditos das almas mais tirânicas, sobretudo daquelas inicialmente destinadas a uma exitosa carreira no Banco de Olhos de Sorocaba, posso pensar que sempre vai tocar aquela canção da saudosa dupla Cascatinha & Inhana: “Eu queria ter na vida simplesmente um lugar de mato verde pra plantar e pra colher, ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela para ver o Sol nascer...”
Fecho com este surto que o Garôtu Ixperrtínhu deu súbita e inesperadamente na rede antissocial do Ilomasque (ué, não é a Turma do Amor que queria boicotar o “esgotão digital faxixte”?...), na manhã da terça-feira passada. Não sei que remédio(s) ele se esqueceu de tomar, mas acho que a referência devia ser a um elogio do jornal aos sucessos macroeconômicos de Javier Milei, apesar da sôfrega situação da grande massa popular. Em todo caso, divirta-se com esse destilado gratuito, entre muitos outros, do “ódio do bem” tão caro aos (verdadeiros) extremistas do DCM, do BR247, do PCO, do BdF e outres:
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