segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A Marselhesa da Comuna


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Considerada o Hino Nacional da Comuna de Paris, a “Marselhesa da Comuna” tem a mesma melodia da famosa canção revolucionária “A Marselhesa”, composta por Claude Joseph Rouget de Lisle em 1792 e vigente como Hino Nacional da França desde 1879. A nova letra, de 1871, é atribuída à militante Jules Faure, foi adotada como hino do governo communard em março e abolida em maio, quando os rebeldes foram derrotados.

Por vezes, o nome da suposta autora é citado “Madame Jules Faure”, porque seu prenome é epiceno (serve a homens e mulheres), ao contrário da forma feminilizada “Julie”. E Madame porque era casada, sendo “De Castellane” seu sobrenome de solteira (o qual tem origem nobre da Provence), segundo algumas fontes.

A tradução que fiz não é artística (ou seja, não tem as mesmas rimas nem a mesma métrica/ritmo), nem extremamente literal, e me permiti mudar um pouco as palavras que seriam esperadas para que se retivesse o sentido que suponho ter a autora buscado passar, para que tentasse provocar o mesmo efeito que o hino causaria a um falante do francês, mas com palavras diferentes, para um falante do português.

Esta gravação pelo ator e cantor francês Armand Mestral foi feita para o LP La Commune en chantant em 1971, depois reeditado em CD em 1988. Como se nota, além do refrão, cantam-se apenas as estrofes 1, 2 e 5. Para maiores informações, mas não muitas, sugiro uma consulta rápida ao verbete “La Marseillaise de la Commune” na Wikipédia em francês e em inglês, onde há também a letra completa em francês e em inglês, já que para a legendagem só traduzi as referidas estrofes, que estão aqui em francês e em português.

Abaixo o vídeo, para o qual não fiz alterações na letra, já que com música temos limites mais flexíveis para fazer legendagem:


1. Français, ne soyons plus esclaves !,
Sous le drapeau, rallions-nous.
Sous nos pas, brisons les entraves,
Quatre-vingt-neuf, réveillez-vous. (bis)
Frappons du dernier anathème
Ceux qui, par un stupide orgueil,
Ont ouvert le sombre cercueil
De nos frères morts sans emblème.

Refrain :
Chantons la liberté,
Défendons la cité,
Marchons, marchons, sans souverain,
Le peuple aura du pain.

2. Depuis vingt ans que tu sommeilles,
Peuple français, réveille-toi,
L’heure qui sonne à tes oreilles,
C’est l’heure du salut pour toi. (bis)
Peuple, debout ! que la victoire
Guide au combat tes fiers guerriers,
Rends à la France ses lauriers,
Son rang et son antique gloire.

(Refrain)

5. N’exaltez plus vos lois nouvelles,
Le peuple est sourd à vos accents,
Assez de phrases solennelles,
Assez de mots vides de sens. (bis)
Français, la plus belle victoire,
C’est la conquête de tes droits,
Ce sont là tes plus beaux exploits
Que puisse enregistrer l’histoire.

(Refrain)

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1. Franceses, saiamos da escravidão!
Reunamo-nos sob a bandeira.
Esmaguemos nossos grilhões,
Renasce, ano de 1789. (bis)
Lancemos a condenação final
Aos que por estúpido orgulho
Abriram a tumba escura
De nossos irmãos mortos sem glórias.

Refrão:
Cantemos a liberdade,
Defendamos a Cidade,
Marchemos, marchemos,
Sem soberanos o povo terá pão.

2. Após vinte anos adormecido,
Desperta, povo francês,
O chamado que te soa ao ouvido,
É o chamado de tua salvação. (bis)
De pé, ó povo! Que a vitória
Guie teus altivos guerreiros no combate,
Restitui à França seus louros,
Seu lugar e sua antiga glória.

(Refrão)

5. Não mais exalteis vossas leis novas,
O povo ignora vossa prepotência,
Chega de frases pomposas,
Chega de faladeira sem sentido. (bis)
Francês, a mais nobre vitória
É a conquista de teus direitos,
Que são as mais altas façanhas
Que podes gravar na história.

(Refrão)



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