segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

O Brasil contra a invasão da Ucrânia


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E hoje se completam os três anos redondos da invasão em larga escala da Rússia imperialista de Vladimir Putin à Ucrânia independente, mesmo que em desenvolvimento arrastado, comandada pelo presidente eleito (a democracia dá o direito de errar, né?) Volodymyr Zelensky. Não é segredo pra quem entende do assunto que a guerra não começou em 2022, mas em fevereiro-março de 2014, quando Moscou tomou ilegalmente a península da Crimeia e infiltrou a região do Donbás com o restolho militar disfarçado de “separatistas”.

Os ignorantes do wishful thinking (vou poupar aqui os que são sabidamente pagos) quiseram acreditar na narrativa do “golpe” que derrubou um Víktor Ianukóvych, na verdade, fugido de suas responsabilidades, sobretudo após ter nas costas vários processos por corrupção e, desde o fim de 2013, mais de 100 manifestantes pacíficos mortos na Praça da Independência de Kiev Kyiv. Mas a vergonha de estarem do lado errado da história é tamanha que passaram a apoiar um ditador que mentia abertamente: dizia não haver soldados russos no Donbás, quando eles já tinham se espalhado e estavam reprimindo manifestantes anti-Rússia.

Além disso, o próprio roubo da Crimeia constituiu uma violação de todos os tratados assinados entre a Rússia e a Ucrânia que previam a inviolabilidade territorial desta, mesmo disfarçada com esses argumentos ridículos de “historicamente russa” (após séculos de genocídio e deportações dos tártaros locais, claro), de “erro de Khruschov” e blábláblá. São a segunda mentira pra que alguns “especialistas” bananeiros passam pano. E a terceira, ligada a esta, é a da própria invasão, que também se encobriu de declarações negando qualquer intenção de a perpetrar (quando a decisão, de fato, já tinha sido tomada no ano anterior).

Não adianta dizer que “Putin é de extrema-direita”, “Putin não é comunista” ou “a OTAN é um perigo pior” (pra países que viveram deportações massivas e supressão da própria cultura nos tempos da URSS?...). Sim, esse pessoal que se diz “pela paz”, “contra os dois lados” ou “anti-imperialismo” ocidental não faz outra coisa senão legitimar alguém que mentiu o tempo todo sobre o que iria ou não fazer. Legitimar a pior guerra do século 21, iniciada unilateralmente por um paranoico xenofóbico e convenientemente encoberta pela “militância” com o conflito (não menos sangrento e desigual) nos territórios palestinos! Comunistas, parem de se iludir: a questão não é “defender o proletariado de ambos os países”, mas simplesmente a sobrevivência de um povo inteiro e a abolição da escravidão dos vários povos, inclusive os russos comuns, que vivem no GULAG “federativo”!

Dito isso – e eu nem queria me estender na análise da guerra –, trago finalmente alguns vídeos (e a foto lá em cima) dos atos no último domingo, 23, lembrando os três anos da agressão putinista, passados por meu amigo Claudio. Os primeiros são na Paróquia São Josafat de Prudentópolis, PR, onde se exerce o rito greco-católico ucraniano, e os segundos são na Avenida Paulista, em São Paulo capital, que mereciam juntar bem mais pessoas (e bem menos passantes idiotas provocando!) mesmo sem ser em local de grande comunidade étnica.

Se me forem sendo passados mais vídeos e fotos, vou os colocando aqui. Os mais novos são de Salvador, BA, dia 24 (reconhece aqueles bonecos? Rs):










Hino Nacional da Ucrânia (os próximos dois):





Avenida Paulista:











Salvador:




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