Esses dias, Vitório Sorotiuk, ex-presidente da Representação Central Ucraniano-Brasileira (RCUB) e de quem já publiquei vários textos aqui na página, esteve na capital ucraniana e registrou pra posteridade (e pros idiotas que ainda não acreditam) uma cena que tem se tornado cotidiana: as sirenes que tocam a qualquer momento do dia e da noite, indicando a possível iminência de um bombardeio ruSSo e a necessidade de se abrigar numa das muitas estações de metrô feitas igualmente à maneira de um bunker. É curioso como ele registra a aparentemente tranquilidade dos passantes e dos motoristas e, ao final, fala que finalmente ele não pode adiar a busca por um abrigo antiaéreo.
Por prosaica que possa parecer, a cena é triste, na medida em que meu amigo Claudio, que me repassou o vídeo, ressaltou que eles acabaram se “habituando” a essa situação. Pra mim, também é indignante, pois sabemos como os zumbis de Putler não só atacam deliberadamente alvos civis não usados pra fins militares, mas também aprenderam a sobrevoar o espaço aéreo ucraniano de forma a apenas “despertar” as sirenes e gerar um falso alerta de bombardeio!
Ah, e se você quer uma dica de pronúncia aproximada, basta mandar um Quíiv ou Quêiv mesmo...
Embora na sexta-feira passada tenha havido o vergonhoso encontro entre Trump e o ditador do Kremlin no Alasca, e na segunda-feira o encontro da Galinha Ruiva com Zelensky e outros governantes europeus, não fiz nenhum conteúdo especial a respeito. Porém, não pude deixar de trazer algumas coisas, como a animação humorística de André Guedes ainda relativa ao primeiro encontro fracassado em fevereiro (repassada por uma amiga) e duas montagens referentes ao fato de Sergei Lavrov ter ido aos EUA com um moletom com as iniciais da URSS em russo (o apelido oficial do Claudio ao diplomata é justamente “cara de cavalo”, rs):


Outro babado forte foi a justa verbal em inglês que os ministros do Exterior da Hungria, Péter Szijjartó, e da Ucrânia, Andrii Sybiha, tiveram no Équis na segunda-feira após um ataque ucraniano ter atingido um oleoduto que leva petróleo da Rússia até o país de Viktor Orbán e à Eslováquia. As duas nações se recusaram a condenações mais firmes à invasão moscovita e à redução de seus intercâmbios com o agressor.
Não é citado o local, mas acredito que embora ele passe pela Ucrânia, tenha sido avariado na Rússia, interrompendo temporariamente o fornecimento no domingo anterior. Após a típica passada de pano no genocida, o que em qualquer hipótese o faz perder toda a razão, o cabelo de Pica-Pau levou uma fantástica invertida do ucraniano, apesar da tréplica chorosa:


