O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, transmitiu um discurso online de quase 20 minutos na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 22 de setembro de 2020, versão esta transmitida pela Telesur da Venezuela. É a primeira vez que o evento contou com apenas alguns diplomatas presenciais e com a transmissão digital dos discursos gravados dos líderes mundiais, por causa da pandemia da COVID-19. Neste trecho do discurso, cuja íntegra está no site do Granma, jornal oficial do governo cubano, Díaz-Canel reafirma suas amizades e solidariedades internacionais. Eu não legendei por falta de tempo, mas fiz uma tradução razoável, que não está literal em muitos pontos meramente pra atender a uma naturalidade maior em português:
PORTUGUÊS:
Queremos reafirmar publicamente, neste cenário virtual, que a República Bolivariana da Venezuela contará sempre com a solidariedade de Cuba diante das tentativas de desestabilizar e subverter a ordem constitucional, a união cívico-militar e destruir a obra iniciada pelo Comandante Hugo Chávez Frías e continuada pelo presidente Nicolás Maduro Moros em prol do povo venezuelano. Repudiamos também as ações dos Estados Unidos destinadas a desestabilizar a República da Nicarágua, e reafirmamos a imutável solidariedade com seu povo e governo, liderados pelo Comandante Daniel Ortega.
Somos solidários com as nações do Caribe que exigem justas reparações pelos horrores da escravidão e do tráfico de escravos, num mundo em que a discriminação racial e a repressão das comunidades afrodescendentes entraram em ascensão. Reafirmamos nosso compromisso histórico com a livre determinação e a independência do povo irmão de Porto Rico. Apoiamos a legítima reivindicação de soberania da Argentina sobre as ilhas Malvinas/Falklands, Sandwich do Sul e Geórgias do Sul. Reiteramos o compromisso com a paz na Colômbia e a convicção de que o diálogo entre as partes é o caminho para alcançar uma paz estável e duradoura nesse país.
Apoiamos a busca por uma solução pacífica e negociada para a situação imposta à Síria, sem ingerência externa e com respeito total à sua soberania e integridade territorial. Exigimos uma solução justa ao conflito do Oriente Médio, a qual passa pelo exercício efetivo do direito inalienável do povo palestino a construir seu próprio Estado dentro das fronteiras anteriores a 1967 e tendo por capital Jerusalém Oriental. Repudiamos as tentativas de Israel de anexar novos territórios da Cisjordânia. Exprimimos nossa solidariedade com a República Islâmica do Irã diante da escalada agressiva dos Estados Unidos. Reafirmamos nossa invariável solidariedade com o povo do Saara Ocidental.
Condenamos energicamente as sanções unilaterais e injustas contra a República Popular Democrática da Coreia. Reafirmamos nosso repúdio à intenção de estender a presença da OTAN até as fronteiras da Rússia e à imposição de sanções unilaterais e injustas contra essa nação. Repudiamos a intromissão estrangeira nos assuntos internos da República de Belarus e reiteramos nossa solidariedade com o presidente legítimo desse país, Aleksandr Lukashenko, e o povo irmão bielo-russo. Condenamos a ingerência nos assuntos internos da República Popular da China e nos opomos a qualquer tentativa de ferir sua integridade territorial e sua soberania.
ESPANHOL:
Queremos ratificar públicamente en este escenario virtual, que la República Bolivariana de Venezuela contará siempre con la solidaridad de Cuba frente a los intentos de desestabilizar y subvertir el ordenamiento constitucional, la unión cívico-militar y destruir la obra iniciada por el Comandante Hugo Chávez Frías y continuada por el presidente Nicolás Maduro Moros a favor del pueblo venezolano. Rechazamos también las acciones de Estados Unidos dirigidas a desestabilizar a la República de Nicaragua, y corroboramos la invariable solidaridad con su pueblo y gobierno, liderados por el Comandante Daniel Ortega.
Nos solidarizamos con las naciones del Caribe que exigen justas reparaciones por los horrores de la esclavitud y la trata de esclavos, en un mundo en el que la discriminación racial y la represión de las comunidades afrodescendientes han ido en ascenso. Reafirmamos nuestro compromiso histórico con la libre determinación y la independencia del hermano pueblo de Puerto Rico. Apoyamos el legítimo reclamo de soberanía de Argentina sobre las islas Malvinas, Sándwich del Sur y Georgias del Sur. Reiteramos el compromiso con la paz en Colombia y la convicción de que el diálogo entre las partes es la vía para alcanzar una paz estable y duradera en ese país.
Apoyamos la búsqueda de una solución pacífica y negociada a la situación impuesta a Siria, sin injerencia externa y con pleno respeto a su soberanía e integridad territorial. Demandamos una solución justa al conflicto del Oriente Medio, que pasa por el ejercicio real del derecho inalienable del pueblo palestino a construir su propio Estado dentro de las fronteras anteriores a 1967 y con su capital en Jerusalén oriental. Rechazamos los intentos de Israel de anexar nuevos territorios de Cisjordania. Expresamos nuestra solidaridad con la República Islámica de Irán ante la escalada agresiva de los Estados Unidos. Reafirmamos nuestra invariable solidaridad con el pueblo saharaui.
Condenamos enérgicamente las sanciones unilaterales e injustas contra la República Popular Democrática de Corea. Ratificamos nuestro rechazo a la intención de extender la presencia de la OTAN hasta las fronteras de Rusia y a la imposición de sanciones unilaterales e injustas contra esa nación. Rechazamos la intromisión extranjera en los asuntos internos de la República de Belarús y reiteramos nuestra solidaridad con el presidente legítimo de ese país, Aleksandr Lukashenko y el hermano pueblo bielorruso. Condenamos la injerencia en los asuntos internos de la República Popular China, y nos oponemos a cualquier intento de lesionar su integridad territorial y su soberanía.
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