terça-feira, 21 de junho de 2022

Como desbloquear e ler artigos pagos


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Você já teve vontade de ler um artigo na página eletrônica de algum periódico, mas se deparou com aquele irritante bloqueio que afirmava ser “conteúdo exclusivo para assinantes”? Você já foi seco clicando no título de alguma matéria, mas não conseguiu a informação de que tinha vontade? Como diriam as Organizações Tabajara, seus problemas acabaram! Ou pelo menos em parte, a menos que você realmente não queira pagar os velhos jornalões, embora atualmente as assinaturas estejam relativamente baratas.

Na maioria dos casos, você quer apenas ler ou consumir um conteúdo específico, e não desfrutar eternamente das propaladas benesses de assinar os jornais ou mesmo, por exemplo, o portal UOL. Muitas formas de driblar essa restrição já foram publicadas nas redes, e a aparente parada do serviço Outline.com, que desbloqueava textos após postarmos seus endereços, obrigou-nos a procurar por saídas. Num momento crítico pro Brasil e pro mundo, em que a informação deveria ser um bem público e em que a democracia se vê atacada por todos os lados, com as mídias sociais invertendo a função que tinham quando surgiram, as corporações ainda veem os conteúdos mais banais como um meio de encherem os bolsos.

Nada mais justo do que uma pequena gambiarra de vez em quando. Até porque aqueles que dizem se bater pela democracia, na verdade, ajudaram a naturalizar a opressão durante todos esses anos. Outra grande sacanagem é que a Folha, por exemplo, não avisa quando um conteúdo é pago ou não, enquanto o Estadão coloca um cadeadinho ao lado de cada manchete exclusiva. A solução é simples e também funciona nos celulares, mas exige um pouco de atenção por parte do usuário: devemos desautorizar a execução de JavaScript pelo navegador, porque ele é que possibilita o recurso ao fechamento.

O JavaScript é uma tecnologia que facilita e incrementa muito nossa experiência de navegação na internet moderna. Várias falhas que nos irritavam durante o consumo de mídias nos anos 2000 hoje são raramente encontradas quando vemos vídeos, conversamos em plataformas sociais ou consumimos conteúdo interativo. Por isso, não é recomendado que se deixe o recurso desligado o tempo todo, pois pode atrapalhar muito o uso de outros sites mais modernos. Usando o Microsoft Edge como exemplo, que também deve valer pro Google Chrome por ter a mesma tecnologia, é possível adicionar exceções, mas nesse caso não tive sucesso, e quem souber fazer isso, sinta-se à vontade e me informe por e-mail. A questão é que a simples desativação do JavaScript já permite abrirmos qualquer artigo que queiramos xeretar.

Caso você tenha acesso a textos jornalísticos mais antigos, sobretudo das décadas de 1990 e 2000, verá não só como a aparência é muito mais simples, mas também quase sempre conseguirá abrir a página procurada. Isso mostra como o JavaScript veio melhorar a experiência dos internautas, bem como possibilitou mais recursos de controle por parte das redações, infelizmente. Fiz o vídeo abaixo de forma bem despretensiosa, com uma montagem bem tosca, pra ilustrar como é possível fazer o desligamento da autorização pra executar JavaScript. Qualquer sugestão ou crítica, recorra ao WhatsApp citado acima, e se você gostou, baixe também a versão pra celular do pequeno tutorial e espalhe em suas mídias!

Nota (1/10/2022): Descobri que há outro serviço que permite a leitura de artigos pagos, sem comprometer os recursos gráficos, como ocorria com o Outline.com: é o 12ft.io, em que basta adicionar o endereço da página e o chamado firewall é bloqueado. Mas é você quem sabe qual solução prefere usar!